Em caso de duvida, aqui fica: há aula, sim /ú senhora. Se será grande coisa isso a gerência já nã pode pormeter. /ro
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Da Crítica - um pequeno ensaio
1
Toda a gente conhece a anedota do crítico de cinema: se ele não gosta, então é de ver. Durante anos assustaram-me críticos que não conseguiam ver um filme como ele era, sentiam sempre necessidade de estar a corrigir o autor, e a dizer para onde eles achavam que o filme devia ir, qual o tema que devia tratar, etc. Em suma: queriam que aquele filme fosse outro. Este tipo de crítica em literatura também existe, mas por acaso sempre foi menos caricatural que a de cinema. Na crítica literária há antipatias e simpatias, mas são evidentes, sobretudo quando a autores locais, e até certo ponto transparentes, até porque conhecemos as pessoas. Há tempos houve aquela do melhor amigo a elogiar o melhor amigo, a não fazer uma nota de interesses e, até, a dar cinco estrelas. E há já 15 anos pôs-me de mau humor uma recensão que uma moça do Expresso fez, a criticar Os Surfistas por «não ser suficientemente surreal», ignorando por completo que a minha intenção era precisamente a contrária: evitar, num livro com uma energia colectiva (os e-leitores votavam e participavam), cair na armadilha do delírio total. O meu grande desafio era o de conseguir apesar dos sucessivos «boicotes» e «armadilhas» fazer um livro coeso. O caos e o absurdo guardo-os para quando faço as coisas sozinho.
Mas, para um livro, a pior crítica é o silêncio. Muitos dos meus livros tiveram-na, anos e anos a fio, e sei que muitos autores a têm. É chato ser invisível, quando publicamos um texto. Publicar implica querer público. Pode não ser muito, mas é isso que implica.
Estou no entanto já a divagar. Do que eu queria falar era da crítica de cinema. Há anos fiquei abananado quando um moço, o Luís Miguel Oliveira, disse que no Batman 2 de Nolan não havia «uma ideia de cinema» que fosse. Fiquei banzado: pensei que a presença do Heath Ledger como Joker fosse uma ideia, tal como a inovação técnica de aplicar o Imax a cenas de acção humanas (e arranjar alguém que conseguisse carregar uma câmara de 60 quilos). Habituei-me a lê-lo e reparei num pormenor que me pareceu cómico: ocasionalmente, havia não só filmes que o irritavam, masfilmes realizadores que o irritavam. E eu não compreendia. Como podia uma pessoa ter uma reacção tão visceral a alguém que não conhecia?
2
O Eduardo Prado Coelho, de quem fui turbulento aluno, tal como ele foi meu brilhante e cabotino professor, irritava-se comigo. Foi uma certa animosidade que se manteve até que, nos seus últimos anos de vida, nos tornámos vizinhos e, suponho eu, nos cansámos de nos zangar. Ocasiões houve em que quase tomámos café juntos e eu lhe passei e ele me passou o jornal: ambos éramos sovinas e generosos a esse ponto. O Eduardo sempre me pareceu o mais injusto dos críticos. O mais poderoso, também. Na sua coluna, fazia e desfazia escritores. Espantava-me que nem uma linha tivesse escrito sobre poetas da minha eleição: o caso mais flagrante o do Alberto Pimenta. Sobre a Ana Hatherly não faço ideia se escreveu. Era espantosamente volúvel quando se tratava de mulheres. E isto não é um elogio: ainda hoje não compreendo como críticos que se pretendem lúcidos perdem a lucidez quando lhes fazem olhinhos. Talvez seja a síndrome do sedutor seduzido, sei lá.
O Eduardo também gostava muito de cinema. Livros, mulheres e cinema, não sei se por esta ou por outra ordem. Isto tudo para dizer que, tal como alguns críticos de cinema, também ele se irritava com autores.
3
Durante anos vi estas antipatias pessoais como enfraquecedoras, uma espécie de diminuição moral. Talvez ainda as veja. E vagamente cómicas, quando dirigidas a pessoas que não conhecem e que estão noutra parte do mundo (Lerá Nolan as críticas de Luís Miguel Oliveira?)
Agora estou menos seguro. Há que admirar a paixão. E há que apreciar - mesmo que discordemos - alguém que gosta tanto da arte sobre a qual escreve ao ponto de tomar alguns sucessos ou insucessos como afrontas ou glórias pessoais.
Também a mim O Renascido exasperou um pouco. Exibicionismo barroco a mais - secura a menos. Ou seja: manipulação do olhar do espectador, puxar pela manga, mas de forma mais cínica e menos descarada que o simpático trapalhão Terry «Monty Python» Gilliam. Acontece que o Iñarritu Paganini filma mesmo virtuosamente. E o filme mostra imagens - imagens em movimento, movimento de imagens - que não tínhamos visto juntas. Vê-se que interiorizou uma porrada de mestres, os rouba com a lata de um Tarantino mas não se fica por aí, vai mais longe. O Renascido cumpre, malgré tout, a regra da arte: quem conta um conto acrescenta um ponto. (Esta genial frase popular aplicar-se-ia, inicialmente, ao facto de a cultura oral ir distorcendo os factos numa história, mas cai que nem uma luva à definição de arte-que-vale-apena.)
Talvez não pareça, mas este texto é um elogio da crítica.
Toda a gente conhece a anedota do crítico de cinema: se ele não gosta, então é de ver. Durante anos assustaram-me críticos que não conseguiam ver um filme como ele era, sentiam sempre necessidade de estar a corrigir o autor, e a dizer para onde eles achavam que o filme devia ir, qual o tema que devia tratar, etc. Em suma: queriam que aquele filme fosse outro. Este tipo de crítica em literatura também existe, mas por acaso sempre foi menos caricatural que a de cinema. Na crítica literária há antipatias e simpatias, mas são evidentes, sobretudo quando a autores locais, e até certo ponto transparentes, até porque conhecemos as pessoas. Há tempos houve aquela do melhor amigo a elogiar o melhor amigo, a não fazer uma nota de interesses e, até, a dar cinco estrelas. E há já 15 anos pôs-me de mau humor uma recensão que uma moça do Expresso fez, a criticar Os Surfistas por «não ser suficientemente surreal», ignorando por completo que a minha intenção era precisamente a contrária: evitar, num livro com uma energia colectiva (os e-leitores votavam e participavam), cair na armadilha do delírio total. O meu grande desafio era o de conseguir apesar dos sucessivos «boicotes» e «armadilhas» fazer um livro coeso. O caos e o absurdo guardo-os para quando faço as coisas sozinho.
Mas, para um livro, a pior crítica é o silêncio. Muitos dos meus livros tiveram-na, anos e anos a fio, e sei que muitos autores a têm. É chato ser invisível, quando publicamos um texto. Publicar implica querer público. Pode não ser muito, mas é isso que implica.
Estou no entanto já a divagar. Do que eu queria falar era da crítica de cinema. Há anos fiquei abananado quando um moço, o Luís Miguel Oliveira, disse que no Batman 2 de Nolan não havia «uma ideia de cinema» que fosse. Fiquei banzado: pensei que a presença do Heath Ledger como Joker fosse uma ideia, tal como a inovação técnica de aplicar o Imax a cenas de acção humanas (e arranjar alguém que conseguisse carregar uma câmara de 60 quilos). Habituei-me a lê-lo e reparei num pormenor que me pareceu cómico: ocasionalmente, havia não só filmes que o irritavam, mas
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O Eduardo Prado Coelho, de quem fui turbulento aluno, tal como ele foi meu brilhante e cabotino professor, irritava-se comigo. Foi uma certa animosidade que se manteve até que, nos seus últimos anos de vida, nos tornámos vizinhos e, suponho eu, nos cansámos de nos zangar. Ocasiões houve em que quase tomámos café juntos e eu lhe passei e ele me passou o jornal: ambos éramos sovinas e generosos a esse ponto. O Eduardo sempre me pareceu o mais injusto dos críticos. O mais poderoso, também. Na sua coluna, fazia e desfazia escritores. Espantava-me que nem uma linha tivesse escrito sobre poetas da minha eleição: o caso mais flagrante o do Alberto Pimenta. Sobre a Ana Hatherly não faço ideia se escreveu. Era espantosamente volúvel quando se tratava de mulheres. E isto não é um elogio: ainda hoje não compreendo como críticos que se pretendem lúcidos perdem a lucidez quando lhes fazem olhinhos. Talvez seja a síndrome do sedutor seduzido, sei lá.
O Eduardo também gostava muito de cinema. Livros, mulheres e cinema, não sei se por esta ou por outra ordem. Isto tudo para dizer que, tal como alguns críticos de cinema, também ele se irritava com autores.
3
Durante anos vi estas antipatias pessoais como enfraquecedoras, uma espécie de diminuição moral. Talvez ainda as veja. E vagamente cómicas, quando dirigidas a pessoas que não conhecem e que estão noutra parte do mundo (Lerá Nolan as críticas de Luís Miguel Oliveira?)
Agora estou menos seguro. Há que admirar a paixão. E há que apreciar - mesmo que discordemos - alguém que gosta tanto da arte sobre a qual escreve ao ponto de tomar alguns sucessos ou insucessos como afrontas ou glórias pessoais.
Também a mim O Renascido exasperou um pouco. Exibicionismo barroco a mais - secura a menos. Ou seja: manipulação do olhar do espectador, puxar pela manga, mas de forma mais cínica e menos descarada que o simpático trapalhão Terry «Monty Python» Gilliam. Acontece que o Iñarritu Paganini filma mesmo virtuosamente. E o filme mostra imagens - imagens em movimento, movimento de imagens - que não tínhamos visto juntas. Vê-se que interiorizou uma porrada de mestres, os rouba com a lata de um Tarantino mas não se fica por aí, vai mais longe. O Renascido cumpre, malgré tout, a regra da arte: quem conta um conto acrescenta um ponto. (Esta genial frase popular aplicar-se-ia, inicialmente, ao facto de a cultura oral ir distorcendo os factos numa história, mas cai que nem uma luva à definição de arte-que-vale-apena.)
Talvez não pareça, mas este texto é um elogio da crítica.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Sexta 26 não há aula
Mas a 4 de Março sim, comigo.
No final do semestre, no período adequado, haverá aulas de compensação para as que ficarem por dar. (Nota: prevejo que ao todo sejam duas.)
Sei que o início foi pouco ortodoxo mas, pelos ecos, creio que a solução encontrada foi boa. Estou a terminar dois seminários em Moçambique a convite do Instituto Camões.
Obrigado pela vossa compreensão.
No final do semestre, no período adequado, haverá aulas de compensação para as que ficarem por dar. (Nota: prevejo que ao todo sejam duas.)
Sei que o início foi pouco ortodoxo mas, pelos ecos, creio que a solução encontrada foi boa. Estou a terminar dois seminários em Moçambique a convite do Instituto Camões.
Obrigado pela vossa compreensão.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Masterclass 1: João Concha
Sobre João Concha
Nasceu em Évora, 1980. Vive entre Lisboa e Londres, entre a escrita e as artes visuais. É um dos editores da “Inútil”, revista de poesia e imagem. Em 2013 fundou a “não (edições)”, chancela da qual é editor.Sobre as Não-edições ver aqui.
Sol Stein - os conselhos de um editor (tutor de texto) lendário
Em português, «editor» tem um sentido ambíguo, ao contrário do inglês, que distingue entre publisher e editor. Um editor tanto pode ser o dono da editora, o director ou a pessoa que assegura o controlo de produção de um livro concreto.
Eu gostaria que nos focássemos no editor como alguém que acompanha o texto - não apenas a pessoa que lhe acrescenta uma gabardina para o proteger da chuva e o comercializa, mas alguém que acompanha o texto. Isso: um companheiro do texto ou, se quisermos, um co-piloto, como vemos nos ralis, um navegador que vai ao lado do condutor e lhe facilita as tarefas, ler um mapa, prevenir obstáculos, etc.
Exageradamente, podemos dizer que um revisor é um editor com responsabilidades reduzidas - «Desculpe, isso não é comigo, sou apenas um técnico» - e que, em contrapartida, um editor é um macro-revisor, alguém que assume o risco de interferir, opinar, argumentar. (Decidir é outra questão, mais bicuda ainda.)
*
Curiosamente, ou talvez não, a figura mais parecida em Portugal com a do editor seja o tutor/orientador de tese.
*
Abaixo, o capítulo 33 do brilhante manual do editor emérito Sol Stein, On Writing, 1995 (a minha edição é Kindle - no copyright infringement intended).
Eu gostaria que nos focássemos no editor como alguém que acompanha o texto - não apenas a pessoa que lhe acrescenta uma gabardina para o proteger da chuva e o comercializa, mas alguém que acompanha o texto. Isso: um companheiro do texto ou, se quisermos, um co-piloto, como vemos nos ralis, um navegador que vai ao lado do condutor e lhe facilita as tarefas, ler um mapa, prevenir obstáculos, etc.
Exageradamente, podemos dizer que um revisor é um editor com responsabilidades reduzidas - «Desculpe, isso não é comigo, sou apenas um técnico» - e que, em contrapartida, um editor é um macro-revisor, alguém que assume o risco de interferir, opinar, argumentar. (Decidir é outra questão, mais bicuda ainda.)
*
Curiosamente, ou talvez não, a figura mais parecida em Portugal com a do editor seja o tutor/orientador de tese.
*
Abaixo, o capítulo 33 do brilhante manual do editor emérito Sol Stein, On Writing, 1995 (a minha edição é Kindle - no copyright infringement intended).
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
Ligações úteis - sites e blogues da edição
Nesta página, colocarei alguns links úteis para a disciplina. Não de consulta obrigatória, mas - hmm - úteis. Por uma questão de economia, em vez de multiplicar as entradas, a minha sugestão é irmos colocando aqui as ligações na rede que formos descobrindo. Certo?
www.shelf-awareness.com/ - Uma circular para profissionais e amadores do mercado editorial. Acesso livre
www.blogtailors.com - Embora fechado (o sucesso tem dessas coisas e obriga a árduas escolhas) este blog foi durante anos um dos mais activos em Portugal - apenas batido, talvez, pelos desta cadeira. Ok, foi mesmo o mais activo. E dá para ler para trás. Montes de informação útil e, sobretudo, uma mui atenta e profissional atenção aos movimentos do mercado.
www.publishersweekly.com - Embora de acesso restrito, a Publishers Weekly é a mais reconhecida fonte de informação do biz nos EUA para os agentes do mercado editorial.
edicaoexclusiva.blogspot.pt - Não muito dinâmico, este blog dinamizado por um dos fundadores da empresa Booktailors, Nuno Seabra Lopes, contém artigos preciosos, de alguns dos melhores profissionais do ramo. E exemplos enxutos de como fazer uma análise de produto a um livro.
Tedi15.blogspot.com - Em anos anteriores, também houve um blog para a disciplina. Há coisas que se repetem a começar pelo professor, porque a matéria é a mesma. Recomendo a consulta com algum cuidado. O motivo? Descobrir a pólvora é bom. Ao prestar demasiada atenção ao percurso dos outros, corremos o risco de retirar prazer ao nosso próprio percurso. Como um spoiler num filme, quando alguém nos diz quem é o criminoso, ou nos dá as soluções para as palavras cruzadas.
Tedi11.blogspot.com - Idem.
www.shelf-awareness.com/ - Uma circular para profissionais e amadores do mercado editorial. Acesso livre
www.blogtailors.com - Embora fechado (o sucesso tem dessas coisas e obriga a árduas escolhas) este blog foi durante anos um dos mais activos em Portugal - apenas batido, talvez, pelos desta cadeira. Ok, foi mesmo o mais activo. E dá para ler para trás. Montes de informação útil e, sobretudo, uma mui atenta e profissional atenção aos movimentos do mercado.
www.publishersweekly.com - Embora de acesso restrito, a Publishers Weekly é a mais reconhecida fonte de informação do biz nos EUA para os agentes do mercado editorial.
edicaoexclusiva.blogspot.pt - Não muito dinâmico, este blog dinamizado por um dos fundadores da empresa Booktailors, Nuno Seabra Lopes, contém artigos preciosos, de alguns dos melhores profissionais do ramo. E exemplos enxutos de como fazer uma análise de produto a um livro.
Tedi15.blogspot.com - Em anos anteriores, também houve um blog para a disciplina. Há coisas que se repetem a começar pelo professor, porque a matéria é a mesma. Recomendo a consulta com algum cuidado. O motivo? Descobrir a pólvora é bom. Ao prestar demasiada atenção ao percurso dos outros, corremos o risco de retirar prazer ao nosso próprio percurso. Como um spoiler num filme, quando alguém nos diz quem é o criminoso, ou nos dá as soluções para as palavras cruzadas.
Tedi11.blogspot.com - Idem.
Textos de apoio online: os índices
Muitos dos livros de apoio para esta disciplina não estão em português. Parte-se do princípio, como sempre, de que os alunos são fluentes em pelo menos uma língua estrangeira, nomeadamente uma das «línguas de poder» nas áreas da cultura e do conhecimento. Durante décadas até os estudantes de Medicina tinham de saber espanhol ou francês,,,
Também não se espera, numa cadeira teórico-prática, que o aluno passe o tempo a ler. Haverá um corpus mínimo de leituras, e o ideal é que cada um tenha noção disso - do modo como pretende equilibrar teoria e prática.
Na Amazon.com há muitos livros sobre edição. Não faz sentido encomendá-los todos - ou sequer um - mas essa livraria online permite-nos fazer browsing, folhear algumas páginas, tal e qual como se estivéssemos numa livraria real. Enfim, não exactamente, porque nesta última podemos folhear o livro todo, não apenas as primeiras páginas. mas é nestas que geralmente está o índice, sempre útil e com o qual aprendemos muito, e na tradição americana é habitual a introdução resumir logo as linhas mestras do livro. Assim, gratuitamente, temos algum benefício!
Eis aqui alguns livros que aconselhamos a folhear (à esquerda, em cima, clicar Look Inside):
1) NORTON, Scott , Developmental editing, Chicago: UCP, 2009
2) GUTHRIE, Richard, Publishing - Principles & Practice, Londres: Sage, 2011
3) BELL, Susan, The Artful Edit, New York: Norton, 2007
Os casalinhos. A pontuação: simples e, directa.
Porque motivo Mourinho motiva bem os jogadores
Por que motivo
porque razão
por que razão
Hífen ou travessão?
A ordem é importante das palavras?
Também não se espera, numa cadeira teórico-prática, que o aluno passe o tempo a ler. Haverá um corpus mínimo de leituras, e o ideal é que cada um tenha noção disso - do modo como pretende equilibrar teoria e prática.
Na Amazon.com há muitos livros sobre edição. Não faz sentido encomendá-los todos - ou sequer um - mas essa livraria online permite-nos fazer browsing, folhear algumas páginas, tal e qual como se estivéssemos numa livraria real. Enfim, não exactamente, porque nesta última podemos folhear o livro todo, não apenas as primeiras páginas. mas é nestas que geralmente está o índice, sempre útil e com o qual aprendemos muito, e na tradição americana é habitual a introdução resumir logo as linhas mestras do livro. Assim, gratuitamente, temos algum benefício!
Eis aqui alguns livros que aconselhamos a folhear (à esquerda, em cima, clicar Look Inside):
1) NORTON, Scott , Developmental editing, Chicago: UCP, 2009
2) GUTHRIE, Richard, Publishing - Principles & Practice, Londres: Sage, 2011
3) BELL, Susan, The Artful Edit, New York: Norton, 2007
Os casalinhos. A pontuação: simples e, directa.
Porque motivo Mourinho motiva bem os jogadores
Por que motivo
porque razão
por que razão
Hífen ou travessão?
A ordem é importante das palavras?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
Sumários
Aula 1 (19/2) - Como editar poesia - João Concha (e Ricardo Marques)
Aula 2 (26/2) - Não houve aula, por deslocação do docente a Moçambique
Aula 3 (4/2) - Discussão do programa e da metodologia
Aula 4 (11/3) - Da Tradução: Margarida Vale de Gato
Aula 5 (18/3) - Não houve aula, por deslocação do docente a Macau
Aula 6 (1/4) -
Aula 7 (8/4)
Aula 8 (15/4) - Sara Agostinho Baptista: apresentação de trabalho.
Aula 9 (22/4) -Exercício:
Aula 10 (29/4)
Aula 11 (6/5) - Exercício de grupo: continuação
Aula 12 (13/5)
Aula 13 (20/5)
Aula 14 (28/5)
Aula de compensação A
Aula de compensação B
Propostas de visita de estudo: a um editor (Parsifal de Marcelo Teixeira); à feira do livro (um mar de editores à disposição do freguês).
Aula 2 (26/2) - Não houve aula, por deslocação do docente a Moçambique
Aula 3 (4/2) - Discussão do programa e da metodologia
Aula 4 (11/3) - Da Tradução: Margarida Vale de Gato
Aula 5 (18/3) - Não houve aula, por deslocação do docente a Macau
Aula 6 (1/4) -
Aula 7 (8/4)
Aula 8 (15/4) - Sara Agostinho Baptista: apresentação de trabalho.
Aula 9 (22/4) -Exercício:
Aula 10 (29/4)
Aula 11 (6/5) - Exercício de grupo: continuação
Aula 12 (13/5)
Aula 13 (20/5)
Aula 14 (28/5)
Aula de compensação A
Aula de compensação B
Propostas de visita de estudo: a um editor (Parsifal de Marcelo Teixeira); à feira do livro (um mar de editores à disposição do freguês).
Programa e bibliografia
POR FAVOR, enviem o vosso mail para o
Docente responsável: zink.rui@gmail.com
a fim de serem convidados para co-autores deste blogue.
Critérios de avaliação: trabalho final (5-10 p.) e/ou teste final. Outra participação podeinfluenciar positivamente a nota.
Tópicos
0. Elaborar projectos. 1. Masterclass com profissionais da área. 2. Editing: exercícios práticos. 3. Macro e micro-editing. 4. Embrulhar/desembrulhar o texto. 5. O texto por dentro: o autor, o texto, a coisa-por-editar. 6. O texto por fora: capa, contracapa, badanas. 7. O texto por dentro: tradução, revisão, edição. 8. O texto por fora: comunicação, marketing, distribuição. 9. O ciclo de trabalho no livro, a vida do livro: sales pitch, prémios, livro de bolso. 10, Contratos, direitos, conflitos e harmonias potenciais. 11. Do financiamento e parcerias. 12. Fazer chegar o livro ao leitor. 13. E-livros, e-ditores e-leitores.
Nota: por deslocação de serviço do docente, algumas masterclasses (para mim, o ponto alto da cadeira) serão adiantadas: em vez de no último terço, no início das aulas.
Bibliografia exemplar
● BACELLAR, Laura, Escreva seu livro – Guia prático de edição e publicação, S. Paulo, Mercuryo, 2001
● BAILEY, Herbert S., The Art & Science of Book Publishing, Athens, Ohio U.P., 1990
● BARZUN, Jacques, On Writing, Editing, and Publishing, Chicago, CUP, 1986
● BLASSELLE, Bruno, Histoire du Livre, Paris, Gallimard, 1998
● CALVINO, Italo, Se numa Noite de Inverno um Viajante, Lisboa, Teorema, 2000
● DUCHESNE, A., LEGUAY, Th., Petite Fabrique de Littérature, Paris, Magnard, 1984
● ECO, Umberto, O Pêndulo de Foucault, Lisboa, Difel, 1998
● ESCARPIT, Robert, Sociologie da Littérature, Paris, P.U.F., 1986 [1958]
● COSTA, Sara Figueiredo, Fernando Guedes - O decano dos Editores Portugueses, Lisboa, Booktailors, 2012
● COSTA, Sara Figueiredo, Carlos da Veiga Ferreira - Os Editores não se abatem, Lisboa, Booktailors, 2013
● FURTADO, José Afonso, Os Livros e as Leituras. Novas Ecologias da Informação, Lisboa, Livros e Leituras, 2000
● FURTADO, José Afonso, A Edição de Livros e a Gestão Estratégica, Lisboa, Booktailors, 2009
● GROSS, Gerald (org.), Editors on Editing – An Inside View of What Editors Really Do, Nova Iorque, Harper & Row, 1985 [1962]
● GUTHRIE, Richard, Publishing - Principles & Practice, Londres, Sage, 2011
● JACKSON, Kevin, Invisible Forms, Nova Iorque, St. Martin’s Press, 2000
● LUCAS, Thierry, Le Guide de l’Auteur et du Petit Editeur, Lyon, AGEC-Juris, 1999
● MORFUACE, Pauline, Les comités de lecture, Ecrire et Éditer 3, Vitry, Publ. Du Calcre, Março 1998
● SAAL, Rollene, (The New York Public Library) Guide to Reading Groups, Nova Iorque, Crown Publ., 1995
●SCHIFFRIN, André, O Negócio dos Livros, Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2006
● Outras fontes a consultar: APEL, UEP, revistas literárias, blogs sobre edição e livros na Internet Tedi09.blogspot.com, Blogtailors…
Docente responsável: zink.rui@gmail.com
a fim de serem convidados para co-autores deste blogue.
Critérios de avaliação: trabalho final (5-10 p.) e/ou teste final. Outra participação podeinfluenciar positivamente a nota.
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0. Elaborar projectos. 1. Masterclass com profissionais da área. 2. Editing: exercícios práticos. 3. Macro e micro-editing. 4. Embrulhar/desembrulhar o texto. 5. O texto por dentro: o autor, o texto, a coisa-por-editar. 6. O texto por fora: capa, contracapa, badanas. 7. O texto por dentro: tradução, revisão, edição. 8. O texto por fora: comunicação, marketing, distribuição. 9. O ciclo de trabalho no livro, a vida do livro: sales pitch, prémios, livro de bolso. 10, Contratos, direitos, conflitos e harmonias potenciais. 11. Do financiamento e parcerias. 12. Fazer chegar o livro ao leitor. 13. E-livros, e-ditores e-leitores.
Nota: por deslocação de serviço do docente, algumas masterclasses (para mim, o ponto alto da cadeira) serão adiantadas: em vez de no último terço, no início das aulas.
Bibliografia exemplar
● BACELLAR, Laura, Escreva seu livro – Guia prático de edição e publicação, S. Paulo, Mercuryo, 2001
● BAILEY, Herbert S., The Art & Science of Book Publishing, Athens, Ohio U.P., 1990
● BARZUN, Jacques, On Writing, Editing, and Publishing, Chicago, CUP, 1986
● BLASSELLE, Bruno, Histoire du Livre, Paris, Gallimard, 1998
● CALVINO, Italo, Se numa Noite de Inverno um Viajante, Lisboa, Teorema, 2000
● DUCHESNE, A., LEGUAY, Th., Petite Fabrique de Littérature, Paris, Magnard, 1984
● ECO, Umberto, O Pêndulo de Foucault, Lisboa, Difel, 1998
● ESCARPIT, Robert, Sociologie da Littérature, Paris, P.U.F., 1986 [1958]
● COSTA, Sara Figueiredo, Fernando Guedes - O decano dos Editores Portugueses, Lisboa, Booktailors, 2012
● COSTA, Sara Figueiredo, Carlos da Veiga Ferreira - Os Editores não se abatem, Lisboa, Booktailors, 2013
● FURTADO, José Afonso, Os Livros e as Leituras. Novas Ecologias da Informação, Lisboa, Livros e Leituras, 2000
● FURTADO, José Afonso, A Edição de Livros e a Gestão Estratégica, Lisboa, Booktailors, 2009
● GROSS, Gerald (org.), Editors on Editing – An Inside View of What Editors Really Do, Nova Iorque, Harper & Row, 1985 [1962]
● GUTHRIE, Richard, Publishing - Principles & Practice, Londres, Sage, 2011
● JACKSON, Kevin, Invisible Forms, Nova Iorque, St. Martin’s Press, 2000
● LUCAS, Thierry, Le Guide de l’Auteur et du Petit Editeur, Lyon, AGEC-Juris, 1999
● MORFUACE, Pauline, Les comités de lecture, Ecrire et Éditer 3, Vitry, Publ. Du Calcre, Março 1998
● SAAL, Rollene, (The New York Public Library) Guide to Reading Groups, Nova Iorque, Crown Publ., 1995
●SCHIFFRIN, André, O Negócio dos Livros, Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2006
● Outras fontes a consultar: APEL, UEP, revistas literárias, blogs sobre edição e livros na Internet Tedi09.blogspot.com, Blogtailors…
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