O depoimento de Maria João Cantinho (no seu FB)
Alguém muito sério e amigo me aconselhou a colocar aqui um post para os mais incautos e que me conhecem mal, para me defender das inverdades. Até agora, não tenho querido falar das razões que me levaram ao afastamento da revista "Café com letras". Não quero prejudicar a imagem do projecto nem inquinar o que se seguirá, o trabalho da nova direcção, a que desejo o maior sucesso, até por respeito às muitas pessoas que subscreveram a assinatura da revista. Essas, sobretudo, que mostraram toda a sua confiança, a quem espero que os próximos números não desiludam e mantenham a qualidade que nós sempre procurámos. Fui aliciada para a direcção e autorizada a escolher um adjunto, neste caso João Oliveira Duarte, para trabalhar por um salário que, não sendo elevado, seria digno e que compensaria o que eu já sabia ser de antemão uma tarefa árdua. Logo à partida foi-me dito que havia patrocínios (o que infelizmente fomos descobrindo não existir) e procurei sempre tratar o mais rapidamente desse aspecto, antevendo uma situação de perigo. Essa sustentabilidade "garantida" dos patrocínios foi o que nos fez aceitar a missão, no dia 10 de Dezembro de 2015. A revista teve de ser atrasada por não se conseguirem os textos em tão pouco tempo, mas esse atraso foi de um mês (razão alegada para a perda dos ditos patrocínios). Não vou perder tempo a contar pormenores mais ou menos subjectivos e desinteressantes sobre a forma como éramos tratados, apesar de trabalharmos até à exaustão. Fechámos num tempo record 2 ou três números, antes de sair o primeiro, para prevenir eventuais problemas de atrasos. Na prática, até ao dia 15 do mês passado, apesar de ter acabado de sair agora o terceiro número, ficámos com 5 números fechados, um especial, e assumimos à partida um acordo com os colaboradores, em termos de pagamentos e de entrega de textos, o que tem vindo a cumprir-se (o prazo), agora que se entrou em velocidade de cruzeiro. Quando se publicou o primeiro número, foi dito a todos os colaboradores que tudo seria pago até ao final de Abril. Neste momento, até à data, ainda não foram pagos vários colaboradores do primeiro número e o segundo já deveria estar a pagamento. Provavelmente nos próximos dias o dinheiro irá aparecer magicamente, para pagar apressadamente e, assim, se justificar a acusação de que houve, da parte da direcção, uma "gestão danosa", a expressão que mais tenho ouvido nos últimos meses. Acrescente-se que a direcção nunca foi paga desde o primeiro dia até à data. Nem tão pouco as despesas. O facto de nos termos recusado a este esquema, bem como o facto de me ter sido dito que, a partir do sexto número, todos os colaboradores deixariam de ser pagos, foi a gota de água que fez transbordar o copo. Não poderia continuar a enganar as pessoas, sabendo do que se estava a passar, como não poderia deixar estar o meu nome (e o do João) no cabeçalho da revista sem termos sequer acesso aos PDF da paginação e sermos confrontados com conteúdos que eram escolhidos de acordo com o critério do editor. Por estas razões e mais umas quantas, bastante graves, mas que não me compete mencionar aqui, bati com a porta. E só escrevo este post para que nos possamos defender das insinuações da tal "gestão danosa", expressão malevolamente ambígua e que é utilizada para nos difamar. Deixo ao critério dos colaboradores continuarem a fazê-lo, mas que saibam os riscos que correm. Porque essa é nossa obrigação, antes de tudo, perante os que confiaram em mim e no João Oliveira Duarte, por todas as pessoas por quem tenho o maior respeito e estima e que nos seguiram. A essas, o meu agradecimento nunca será suficiente. E a verdade virá à tona, mais cedo ou mais tarde. Fomos todos usados, muitos, que não mencionarei aqui. O nosso nome, o nosso prestígio, a nossa imagem, a nossa credibilidade e o nosso trabalho. A nossa dignidade.
Alguém muito sério e amigo me aconselhou a colocar aqui um post para os mais incautos e que me conhecem mal, para me defender das inverdades. Até agora, não tenho querido falar das razões que me levaram ao afastamento da revista "Café com letras". Não quero prejudicar a imagem do projecto nem inquinar o que se seguirá, o trabalho da nova direcção, a que desejo o maior sucesso, até por respeito às muitas pessoas que subscreveram a assinatura da revista. Essas, sobretudo, que mostraram toda a sua confiança, a quem espero que os próximos números não desiludam e mantenham a qualidade que nós sempre procurámos. Fui aliciada para a direcção e autorizada a escolher um adjunto, neste caso João Oliveira Duarte, para trabalhar por um salário que, não sendo elevado, seria digno e que compensaria o que eu já sabia ser de antemão uma tarefa árdua. Logo à partida foi-me dito que havia patrocínios (o que infelizmente fomos descobrindo não existir) e procurei sempre tratar o mais rapidamente desse aspecto, antevendo uma situação de perigo. Essa sustentabilidade "garantida" dos patrocínios foi o que nos fez aceitar a missão, no dia 10 de Dezembro de 2015. A revista teve de ser atrasada por não se conseguirem os textos em tão pouco tempo, mas esse atraso foi de um mês (razão alegada para a perda dos ditos patrocínios). Não vou perder tempo a contar pormenores mais ou menos subjectivos e desinteressantes sobre a forma como éramos tratados, apesar de trabalharmos até à exaustão. Fechámos num tempo record 2 ou três números, antes de sair o primeiro, para prevenir eventuais problemas de atrasos. Na prática, até ao dia 15 do mês passado, apesar de ter acabado de sair agora o terceiro número, ficámos com 5 números fechados, um especial, e assumimos à partida um acordo com os colaboradores, em termos de pagamentos e de entrega de textos, o que tem vindo a cumprir-se (o prazo), agora que se entrou em velocidade de cruzeiro. Quando se publicou o primeiro número, foi dito a todos os colaboradores que tudo seria pago até ao final de Abril. Neste momento, até à data, ainda não foram pagos vários colaboradores do primeiro número e o segundo já deveria estar a pagamento. Provavelmente nos próximos dias o dinheiro irá aparecer magicamente, para pagar apressadamente e, assim, se justificar a acusação de que houve, da parte da direcção, uma "gestão danosa", a expressão que mais tenho ouvido nos últimos meses. Acrescente-se que a direcção nunca foi paga desde o primeiro dia até à data. Nem tão pouco as despesas. O facto de nos termos recusado a este esquema, bem como o facto de me ter sido dito que, a partir do sexto número, todos os colaboradores deixariam de ser pagos, foi a gota de água que fez transbordar o copo. Não poderia continuar a enganar as pessoas, sabendo do que se estava a passar, como não poderia deixar estar o meu nome (e o do João) no cabeçalho da revista sem termos sequer acesso aos PDF da paginação e sermos confrontados com conteúdos que eram escolhidos de acordo com o critério do editor. Por estas razões e mais umas quantas, bastante graves, mas que não me compete mencionar aqui, bati com a porta. E só escrevo este post para que nos possamos defender das insinuações da tal "gestão danosa", expressão malevolamente ambígua e que é utilizada para nos difamar. Deixo ao critério dos colaboradores continuarem a fazê-lo, mas que saibam os riscos que correm. Porque essa é nossa obrigação, antes de tudo, perante os que confiaram em mim e no João Oliveira Duarte, por todas as pessoas por quem tenho o maior respeito e estima e que nos seguiram. A essas, o meu agradecimento nunca será suficiente. E a verdade virá à tona, mais cedo ou mais tarde. Fomos todos usados, muitos, que não mencionarei aqui. O nosso nome, o nosso prestígio, a nossa imagem, a nossa credibilidade e o nosso trabalho. A nossa dignidade.
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